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Bispo pediu uma diocese «sem fissuras, solidamente unida»
O bispo do Porto apelou à unidade de bispos, padres e diáconos honrando a memória de D. António Francisco dos Santos, cinco anos após a morte (11 setembro 2017), alertando para “o perigo dos divisionismos”, na Sé.
“Honremos-lhe a memória fazendo desta uma diocese sem fissuras, solidamente unida e buscadora das mesmas metas”, pediu D. Manuel Linda, esta segunda-feira, Eucaristia de sufrágio pelos bispos, presbíteros e diáconos desta diocese, cinco anos após a morte de D. António Francisco dos Santos (11 setembro 2017), antigo bispo diocesano.
Na sua homilia, divulgada pelo jornal ‘Voz Portucalense’, D. Manuel Linda evocou o seu antecessor, realçando que D. António Francisco do Santos “experimentou bem o que é o sofrimento causado pela divisão no interior da comunidade crente”.
“O grande aperto do coração que o levou ao desenlace final foi, certamente, a angústia de não ver cimentada a unidade que ele tanto prezava”, assinalou.
O bispo do Porto sublinhou que “o motivo” do “sofrimento maior” de D. António Francisco do Santos foram “as contínuas infidelidades de tantos que não contribuem para a unidade, mas, consciente ou inconscientemente, a ferem por atos e atitudes desagregadoras”.
Na celebração de sufrágio pelos bispos, presbíteros e diáconos que foram da Diocese do Porto, D. Manuel Linda pediu um compromisso para uma “unidade total”, afirmando que “o único cancro que pode enfraquecer a Igreja é o perigo dos divisionismos”.
Na Sé do Porto, o bispo diocesano incentivou os ministros ordenados a continuarem a “exercer, sem sombra de desânimo, um serviço ministerial que, tantas vezes, ronda o martírio”, e lembrou que o gesto da prostração na ordenação de presbíteros, diáconos e bispos, é “sinal eloquente de quem se esvaziou para se dar aos outros”, destaca a ‘Voz Portucalense’.
Na Sé do Porto, o bispo diocesano incentivou os ministros ordenados a continuarem a “exercer, sem sombra de desânimo, um serviço ministerial que, tantas vezes, ronda o martírio”, e lembrou que o gesto da prostração na ordenação de presbíteros, diáconos e bispos, é “sinal eloquente de quem se esvaziou para se dar aos outros”, destaca a ‘Voz Portucalense’.
D. António Francisco dos Santos, bispo do Porto entre 2014 e 2017, faleceu na sequência de um problema cardíaco, aos 69 anos, na Casa Episcopal; natural de Tendais, Diocese de Lamego, foi ordenado padre em dezembro de 1972.
Em declarações à Agência ECCLESIA, no contexto da celebração anual de sufrágio, D. Manuel Linda disse que, até ao momento, a Diocese do Porto “não recebeu nenhum pedido formal ou informal para se dar início a um processo de canonização do senhor D. António Francisco dos Santos”.
D. António Francisco dos Santos foi nomeado bispo auxiliar de Braga, a 21 de dezembro de 2004, pelo Papa São João Paulo II, tendo sido ordenado em março de 2005, na Sé de Lamego; o agora Papa emérito Bento XVI escolheu-o como bispo da Diocese de Aveiro, em setembro de 2006; o Papa Francisco nomeou-o bispo do Porto em fevereiro de 2014, tendo tomado posse a 5 de abril desse ano.
